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Eu e Ceci na chegada |
Quinta feira 25 de
Julho, feriado em Medianeira, pedalar parece ser uma boa pedida, no
entanto minha bike esta em Foz do Iguaçu fazendo uma revisão, pois depois do
pedal de Sábado nada mais funcionava direito nela. Assim decido de ir buscá-la,
e por que não vir de volta pedalando pela estrada velha de Guarapuava?
Confesso foi um
pouco difícil de levantar sabendo que é dia de feriado e a temperatura está um
pouco acima de 0°c,mas o que é combinado não é caro. Tomo um café e rumo em
direção a foz admirando a geada que ainda se fazia visível às margens da
rodovia.
Chegando na
oficina me deparo com o Miro dando os toques finais na magrela, após um rápido
bate papo carrego a bike na camionete e parto para resolver alguns compromissos
de trabalho em Foz do Iguaçu, em seguida rumamos para o Parque das Aves,junto a
entrada das Cataratas do Iguaçu e me despeço da minha esposa Cecília,que
juntamente com minha filha Gabriela, partem para as delícias do Paraguai.
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Café da hora no Parque das Aves |
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Estradas brilhando |
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Na portaria do
Parque, faço-me anunciar ao Thiago, que
prontamente me chama para dentro da sala de educação ambiental onde
batemos um papo e tomamos um café quente, também pede dois big sandubas na
cantina,R$ 9,50,que guardo na mochila de guidão, e assim pontualmente as 9:30 começa
minha pedalada rumo à Medianeira.
As estradas estão
batidas e sem nada de poeira aliados à temperatura baixa faz com que o pedalar
seja mais prazeroso do que de costume e num ritmo bastante rápido chego em um
trecho de calçamento com pedras irregulares, menos mal é que é um trecho curto,
e quando o mesmo termina é que começa a melhor parte da trip, pois a partir de
agora tenho ao meu lado direito a exuberância das matas do Parque Nacional do
Iguaçu. Sempre com pássaros revoando à minha frente sigo em frente e logo venço
as três Marias, que são três subidas íngremes em seqüencia, para depois me
defrontar com um barreiro,pensei se foi a limpeza de minha bike, vencido o
primeiro logo vem outro, este não tive coragem de passar, e após retornar e
olhar para as margens consegui passar com a bike nas costas pelo meio do capim
alto e encharcado, porém sem barro.
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Foto na contamão |
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Torre às margens da estrada |
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E ai, vai encarar! |
Agora olhando para a estrada percebi que eu era o primeiro
viajante do dia a se aventurar por aquelas bandas e vi alguns quatis passeando
tranquilamente pelo caminho, a estrada agora já não era mais batida, mas estava
seca o suficiente para não colar barro nos pneus, logo passo pela torre de
observação junto a estrada para em seguida, pontualmente ao meio dia, parar
para almoçar na entrada da trilha Martins, já em São Miguel do Iguaçu.
Entro
na recepção e chamo por alguém que não aparece, então tiro meu corta vento, capacete,
touca e luvas e me atraco no primeiro sanduiche, muito bem acomodado em um
banco de madeira os ruídos que ouço são: O rádio comunicador ligado que vez em
quando alguém do outro lado fala, e a sinfonia de pássaros ao redor, esta bem
mais agradável.
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Recepção da trilha Martins |
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Lugar muito bonito |
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Hora de partir |
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Velho Oeste,voltei! |
As 12:40
subo na bike e sigo em frente sabendo que agora restam poucas centenas de
metros para descolar do Parque Nacional e rumar para Medianeira, neste momento
olho para a lavoura ao lado e vejo um
pardo do tamanho de um bezerro, que ao perceber minha presença, dispara
toda para adentrar na mata a frente. Logo tomo a esquerda e sigo para a sede da
Fazenda Santo Antônio onde gentilmente o capataz permite minha passagem.
Aproximadamente cinco quilômetros adiante paro na encruzilhada onde chegamos no sábado passado abaixo de chuva, faço uma foto para lembrar e sigo em
direção a Medianeira.
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Santo remédio |
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Chego à Aurora do Iguaçu as
14:30 e paro na praça para comer outro sanduiche de atum com alfaces e tomates,
agora acompanhado de três laranjas que adquiri pelo caminho.
Passada a fraqueza
hora de seguir em frente e as 15:00 já estou pedalando, agora estou quase em
casa, logo na primeira subida após Aurora sinto os efeitos positivos do
sanduiche e laranjas, a pedalada se tornou mais vigorosa(santo remédio) e após
alguns sobe e desces chego no calçamento que é a última subida até em casa,
antes porém,faço uma foto no mesmo local da semana passada e vejo que as flores
dos Ipês já não estão mais tão belas como na semana passada, efeito das geadas,
possivelmente. No final da subida a parte triste da pedalada, me deparo com uma
montanha de lixo depositada às margens da estrada e também muito vidro
quebrado, passei na torcida para não furar um pneu e pensando na falta de
educação das pessoas em jogar o lixo em qualquer lugar e também na falta de uma
atitude do poder público para resolver
definitivamente esta situação, uma vez que esta prática é observada em outras
partes da cidade.
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Ipês ao fundo |
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Este troféu vai para.... |
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Sigo pela ciclovia
da avenida Brasil(única da cidade) e desço pela avenida Brasília até em casa, não sem antes
levar uma fechada de uma senhora simpática(depois da m..., olhou-me pelo espelho e sorriu) mais
outro carro que insistia em fazer zigue-zagues à minha frente para que eu não o
ultrapassasse, finalmente chego em casa pontualmente às 16:00 horas.
Guardo minha bike e
extasiado pela trip alucinante, parto para um banho demorado e quente, já pensando quando
farei outra destas. Definitivamente estou viciado!
texto e fotos: magrão
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