Agora consegui entender porque o Silvio tinha curtido tanto
esta volta. Foram 80 km, 6h15 pedaladas, com tempo total do passeio de 9h dando
uma média de 13km/h.
Saímos de Medianeira pro volta das 11h, em direção ao Morro
do Espigão do Norte, via linha Ouro Verde. A intenção seria almoçar em
Matelândia ao meio dia, mas devido encontrar um arame mais fino que uma agulha
em meu pneu, constantemente tive que encher até encontrá-lo depois de meses o
procurando.
Almoçamos então em um restaurante ao lado da prefeitura de
Matelândia, em seguidas seguimos rumo a área industrial desta cidade até
próximo ao laticínio da Frimesa. No horizonte um visual espetacular e após
enfrentar várias subidas chegou a hora de cair ladeira abaixo. E nas nossas
costas uma grande nuvem de chuva insistia em nos seguir.
Descemos e subimos morros, atravessamos potreiros, matas até
que devido à incidência de raios e um barulho no céu muito estranho acompanhado
de chuva (descobrimos depois que era granizo que tinha caído em Matelândia), resolvemos
parar em uma casa abandonada e aguardamos em torno de uma hora e meia. Nós
estávamos em um vale, cercado de montanhas e a chuva não parava, então
decidimos tocar assim mesmo, pois no horizonte enxergávamos que não estava
chovendo.
Cada vez que a gente se afastava do local percebíamos que a
chuva diminuía e ao olhar onde estávamos pairava CBzão (cumulus nimbus) despencando
água.
Após isso, parecia que a nuvem de chuva nos perseguia o
tempo toda a certa distância, em certos momentos uma garoa fraca. Passamos por
mais potreiros com alguns animais com filhotes o que redobrava a atenção. Em
diversos locais tínhamos que levar a magrela no lombo. Passamos por um pinguela
muito bonita.
Chegamos então a uma encruzilhada, na comunidade da Pedra
Branca onde poderíamos optar pelo caminha mais fácil e sair na linha Dourado,
ou seguir a diante e fechar o circuito saindo lá ao lado da prefeitura de
Serranópolis.
O sol já estava baixo e atrás de nós o tempo fechado com
raios e vento. Mesmo com a bike do Silvio somente possuindo um farol, decidimos
continuar, por mais 10 km, então forçamos bastante neste penúltimo trecho para
evitar a chuva.
Já estava noite, e ao avistar as primeiras luzes de
Serranópolis, uma fina garoa começou a cair e imaginávamos que cairia um
temporal devido aos raios.
Paramos então em uma rua da cidade, então fizemos a última “perna”
até Medianeira, em baixo de chuva pela PR e eu sem farol. Foi bem tenso, pois a
maioria dos motoristas passavam por nós com farol alto e me deixava com pouca
visão...
Finalmente chegamos ao bairro Nazaré, no Bar Seffrin e para
fechar tínhamos que brindar com um drink depois de toda esta aventura. Sujos e
com frio tomamos a gelada e partimos embora com o corpo esgotado, porém uma
alegria imensa em ter feito um dos melhores pedais já realizados.
<<<<as fotos falam por si>>>>>
Chegada em Matelândia |
Biblioteca |
Depois do almoço, remendando a câmara |
Visual ao fundo |
E que venha a chuva |
OOOOooOOooOOo |
Bike no lombo |
Abrigo da Chuva |
Chuva e chuva |
Este lugar é um tesão, em uma fazenda. Mato dos dois lados |
Merecida chegada |
eitaaaa... Thiagãoooo ... show de bola esse pedal... temos q marcar pra fazer com a galera! parabénsssssssss
ResponderExcluirAi sim, show de bola pra lavar a alma(literalmente hehe)visual alucinante, parabéns ao silvio pela busca incessante por novas trilhas.
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