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Juan de vermelho se preparando para o pedal |
Parte 03 –Andressito a Capitão Leônidas Marques – 10 de fevereiro de 2013
A cidade de Andressito é muito tranquila, bastante silenciosa a noite, o que fez com que a manhã chegasse muito rapidamente, assim no horário combinado já nos preparamos para pedalar mais uma etapa. O dia prometia novas paisagens, pois havíamos traçado uma nova rota, com objetivo de andar mais pelas estradas de chão, evitando assim o máximo pistas asfaltadas.
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Cantina |
Partimos para o café da manhã, torradas com manteiga e doces enquanto isso a cozinheira preparava nossos sanduiches para levar, nessa hora apareceu o Juan que também estava de partida para Porto Iguaçu e aproveitamos para trocar mais algumas informações enquanto pedíamos varias repetições de torradas. Nessa hora o Negri comentou que por volta de 23h apareceram dois casais de bike e se hospedaram na pousada, porém não conversou com eles pois já era tarde.
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Los Robles |
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Minutos antes do pacote do Jamanta |
Toda bagagem carregada tudo conferido, contas pagas na recepção, fizemos algumas fotos em frente à charmosa entrada da pousada, é chegada a hora de partir, (vale ressaltar que o Negri mandou seus alforjes de carro, diferentemente do toda a galera). La vamos nós agora pela mesma rota onde entramos na cidade, nessa hora o Jamanta resolve fazer uma terapia de asfalto, explico: é só empinar a Bike e falhar o freio, resultado imediato: Cai de costas no chão, alguém se habilita?
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Segue rumo ao Iguaçu |
Saímos da cidade rachando de rir com o pacote do Jamanta e entramos nas estradas rurais sempre na trilha deixada pela bike da frente, pois a estrada estava bastante molhada em alguns pontos o que exigia atenção.
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Olha a estrada que maravilha |
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Subidinha, vai encarar? |
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Timoneiro |
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Marco, divisa entre Argentina e Brasil |
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O Béria foi de grande importância, principalmente para o Negri, cade os alforjes? |
Chegamos até o Porto onde há uma construção que abriga a Prefeitura
Naval, solicitamos permissão aos militares para ir ate a margem do rio.
Neste local desemboca o rio Santo Antonio no rio Iguaçu e além de
existir um ponto geodésico demarcado, também há o marco da divisa de
país, fica visível do outro lado do rio o marco brasileiro, lugar muito
bonito.
Fotos feitas, partimos em direção a ponte que nos levará ao Brasil.
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Rumo ao Brasil |
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Aduana Argentina |
Chegando a fronteira o responsável nos solicita o papel da imigração que
é dado na entrada do país, o detalhe é que a não ser o Fernando,
ninguém estava com o referido papel, desta forma o policial nos mandou
de volta a Porto Iguaçu e resolver por lá.
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Fronteira |
Depois de muita insistência e explicações que não nos deram o referido documento, finalmente foi autorizada a nossa saída da Argentina por aquela fronteira. Vale informar que quando se entra na Argentina, para outra cidade que não seja a da fronteira, tem que dizer o nome da cidade para onde desejamos ir, assim é fornecido o referido papel que também é requisitado em qualquer blitz que porventura exista.
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Asfalto, o pior percurso |
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Adicionar legenda |
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Prazeres que só o asfalto proporciona |
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Churrascaria |
Passada esta fase vamos nós em direção a Capanema, antes fazendo uma parada no agora desativado Porto Lupion, onde o Magrão já ficou para traz com o pneu dianteiro furado(sempre no asfalto), com ajuda do Thiago rapidamente a câmara foi trocada, hora de seguir adiante pelo asfalto até a entrada do balneário Pereti, local este programado para almoço e descanso até cerca de 16h30
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Mais um pouquinho de asfalto, que M@#% |
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Rumo ao Pereti |
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Entrada do Balneário |
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Galera ficou pasma com a beleza do local |
Na recepção, o atendimento deixa a desejar, há certa desconfiança no
proprietário em receber pessoas de bike (não por maldade, talvez por
falta de capacitação em receber turistas das mais variadas formas), R$
7,00 por pessoa (pagamento adiantado) descemos até a beira do rio onde
haviam várias barracas num camping muito bem cuidado e limpo.
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Água muito limpa |
Pedimos ao Béria para se deslocar até o trevo num restaurante conhecido
onde almoçamos no ano passado, (lugar da febre)*. Fomos para o banho de
rio enquanto aguardávamos a chegada das marmitas. Aproveitamos para
admirar o camping que tem um visual extraordinário de várias corredeiras
do rio e também na outra margem, a exuberância das árvores do Parque se
fazem notar. No ambiente demarcado para banho, a profundidade não passa
de 1,5m e o fundo todo de pequenas pedras pode ser visualizado devido a
água ser bastante limpa.
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Strike das lontras |
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Olha a foto |
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Fernando a paraguaia, só falta a maçã na boca |
Quando o carro do Béria apontou na curva, ocorreu uma corrida às marmitas, e que marmitas! Arroz, feijão,macarrão,churrasco,saladas,ovos,cerca de 1kg por pessoa,R$ 10,00 cada .Após o almoço então nem se fala foi um strike, só se viam bikers espalhados pela grama e outros mais enjoados, chegaram ao ponto de levarem redes.
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Segue rumo Capitão |
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Subidinha forte tão quanto as bufas |
O trajeto de agora em diante passava a ser um mistério, pois dependia de alguns fatores e tínhamos três opções:
- Passando pela ponte do rio Capanema e retornando à rodovia alguns quilômetros da ponte do rio Iguaçu antes de Capitão.
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Últimos detalhes... |
- Margeando o rio Iguaçu por uma estrada de terra e atravessando o rio Capanema em algum barco entrando na rodovia pouco antes da mesma ponte do rio Iguaçu
- Ou uma travessia pelo rio Iguaçu saindo direto em Capitão, percorrendo todo o trajeto pela estrada de terra, além de encurtar o caminho.
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Ao centro, camarada que nos ajudou |
Após algumas informações desencontradas e outros não sabemos, paramos um motoqueiro o qual nos deu a informação que queríamos ouvir. Existe uma passagem, porém é de difícil acesso, pois para se chegar à margem do rio não tem uma estrada nem mesmo um caminho, nos deu também o nome do barqueiro, e la fomos nós até chegarmos a uma pequena vila. Paramos para tomar mais informações agora estávamos pertos, logo adiante o Black que estava à frente retorna e diz que havíamos passado do local e foi um vai e vem até que um morador da redondeza nos abriu uma porteira em um pasto com muitas cabeças de gado e disse é aqui.
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Os biguás e o campeonato de rojão |
Meio que sem entender descemos até a mata ciliar, andamos de um lado para outro até encontrarmos um lugar com acesso à margem permitindo que as bikes também descessem, para em seguida começar um festival de gritos tentando uma comunicação com o outro lado;
O baaaarcooo? Do outro lado, algumas crianças respondem: “Está furado, hoje não tem”, e nesse ritmo foram uns 20 minutos até que uma senhora gritou: “Vocês ligaram? “E daqui: Nãaao, e do outro lado: “Vou avisar, ele ta na cidade”. Silêncio...Até chegar alguém no outro lado que suspeitamos ser o barqueiro, o que não se confirmou, pois o mesmo calmamente estendeu uma toalha em meio a estrada que da no rio e deitou-se, nós não entendo muita coisa gritamos: O barcoooo que horas? Do outro lado: “Depois das oitooooo”, e tornou-se a deitar, e o nosso locutor: Vamos esperar! Do outro lado, levantando-se novamente vem à resposta: “Eu também”.
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Tenso, não! Eu gosto quando é assim! |
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Só alegria com a chegada do barco |
Olhamo-nos e rimos muito, pois agora tínhamos a certeza que teríamos como passar. Logo após as oito chega outra pessoa do outro lado e dirige-se para um barco e imediatamente põe o mesmo em movimento, dirigindo-se em direção à pessoa que esta ainda deitada, logo após o embarque ouvimos o motor funcionar e o barco ruma para a nossa margem, porém cerca de 50 metros acima de onde estávamos, apreensivos aguardamos até que o mesmo chega ao local onde estávamos, agora com um casal embarcado para fazer a travessia na mesma direção nossa.
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Amizade é isso ai! |
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Camaradagem e companheirismo |
Muito simpático propõe que carreguemos 4 bikes e mais três pessoas nessa travessia e o restante faria outra passagem e assim o fizemos, quando descarregamos as bikes já estava escurecendo pagamos a taxa de R$ 3,00 por passageiro e também nos deu o número do telefone “para a próxima vez”. Agora seriam somente seis quilômetros até Capitão, nosso destino do dia. Chegando à cidade, paramos em um bar perto do nosso hotel para brindar ao dia fantástico que tivemos, bebemos algumas cervejas rindo a toa, lembrando-se das diversas passagens do dia, dia este, que certamente vai ficar na lembrança de todos.
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Um brinde para quem foi |
::::::.... Não percam a última publicação ....::::
- Cachoeiras, rios, encontro com a galera de Foz no almoço e a frustração em saber que esta turma queria fazer o pedal junto conosco e não o fizeram pois obtiveram falsas informações de pessoa(s) que se fizeram passar por membros do Pedal Verde.