Pedal Verde Brasil

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Original Trip Adventure

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Natural: Ciclistas percorrem a América há 3 anos para promover o amor à natureza

 
Três ciclistas de Brasil, México e Argentina percorrem há quase três anos o continente americano em suas bicicletas para promover o amor pela natureza e mostrar que é possível viajar com poucos recursos.

Os aventureiros, que chegaram esta semana à Bolívia, partiram de Buenos Aires em 2011 com a intenção de dar a volta no continente americano e, desde então, já visitaram 16 países, segundo contaram à Agência Efe.
O brasileiro Gustavo Nemitz, de 32 anos; o argentino Santiago Sarmiento, de 37; e o mexicano Marco Berumen, de 32, são os três protagonistas desta "Ecovuelta", que lhes levou de Buenos Aires e por toda a costa atlântica até o Alasca, de onde empreenderam a viagem de volta pelo litoral Pacífico.
Inicialmente foram Nemitz e Sarmiento que começaram o périplo na Argentina no dia 15 de outubro de 2011, enquanto Berumen, que trabalhava como guia de turismo na cidade mexicana de Riviera Maya, se uniu a eles posteriormente.
Nos lugares que visitaram pronunciaram conferências em escolas, universidades e empresas para transmitir sua mensagem e estimular as pessoas a realizar seus sonhos.
Os aventureiros disseram à Efe que sobreviveram graças ao apoio das pessoas, empresas e embaixadas.
Sua viagem lhes levou a pernoitar em "templos de todas as religiões e estranhos lugares como uma praça de touro no Panamá e em uma funerária no Uruguai", lembrou Berumen.
Os ciclistas entraram na Bolívia há poucos dias pela cidade de Copacabana, na fronteira com o Peru, e foram pedindo ajuda aos aldeões do planalto até que conseguiram chegar a La Paz, onde agora se hospedam em um albergue.
O brasileiro Gustavo Nemitz e o argentino Santiago Sarmiento trabalhavam em Buenos Aires em um estúdio de gravação antes de empreender a travessia ciclista.
"A vida é uma só, é preciso desfrutá-la toda e tentar realizar os sonhos" disse o brasileiro, que garantiu que mesmo sem dinheiro uma pessoa pode fazer grandes coisas com projeção, esforço e planejamento, "acreditando que é possível".
Por sua vez, o argentino Sarmiento relatou que o objetivo de sua viagem é "desaprender" e "desapegar-se" de coisas que não lhe serviram para a vida.
"Talvez não nos eduquem para a liberdade, nos educam com instruções, como o medo ou o senso de pertinência a grupos; a viagem te solta da sociedade e te ensina a conectar-se de diferente maneira com as pessoas" comentou.
O viajante defendeu que uma bicicleta não é um veículo de "pobres", pois com ela se pode "apagar" as fronteiras, ao contrário de outros meios de transporte, como o avião ou o carro, que, segundo sua opinião, isolam as pessoas.
Após sua estadia em La Paz, os ciclistas irão à cidade andina de Oruro e ao Salar de Uyuni, para depois entrar na Argentina pelo povoado boliviano de Villazón.

Fonte: Gazeta do Povo

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Pedarilhos: Dicas para Acampamento na Beira da Estrada

"Já fizemos muitos acampamentos na beira de estrada: estradinhas de chão sem movimento, estradinhas de chão tão movimentadas que acordamos empoeirados, estradas de asfalto com pouco movimento, ao lado de uma rodovia triplicada e muito movimentada, escondidos, e também bem visíveis". 


Em nenhuma noite alguma pessoa veio nos importunar. Ou não nos demos conta enquanto dormíamos pesado. Nunca tivemos surpresas desagradáveis até agora. Alguns sustos sim, mas nada que oferecesse risco real. Em geral, os barulhos que faziam nosso coração disparar nas primeiras noites, pensando que alguém estava a mexer em nossas bicicletas ou na barraca, não passavam de ratos tentando chegar até nossos estoques de comida!

Para fazer um acampamento na beira da estrada não há segredo, você precisa se sentir confiante e tranquilo com o local, pois precisa de descanso, mas basicamente é encontrar um local semi-plano, semi-liso, não precisa nem ser macio, o restante é com o seu psicológico. Ok, não é lá tão simples, várias vezes tivemos medo e receio, mas não chega a nos impedir de ter uma boa noite de sono, o cansaço é mais forte! Seguro-seguuuuro, nenhum de nós está, nem mesmo dentro de uma casa de paredes de concreto rodeada de cerca elétrica. Alguém aí já disse que viver é perigoso?! É só nascer pra começar tudo isso…

Para fazer um acampamento na beira da estrada não há segredo, você precisa se sentir confiante e tranquilo com o local, o resto é com seu psicológico!

Depois de muitas noites bem dormidas ao lado da estrada descobrimos algumas medidas que nos ajudaram a encontrar tranquilidade mesmo estando vulneráveis, protegidos apenas por Deus e uma casa de pano. Ah, e claro, já ia me esquecendo, obrigado Anjos da Guarda!

  • Em estradas movimentadas, procuramos um local escondido entre a vegetação e longe da vista de outras pessoas, casas, etc;
  • Em estradas movimentadas sem outra opção para nos escondermos, entramos na primeira estradinha de chão que parecer promissora por um ou dois km;
Carregamos toda a água que precisamos para passar a noite e parte da manhã seguinte (volume que varia conforme a região e a quantidade de informação que temos do local adiante). Depois do meio dia já começamos a sondar onde conseguiremos água se a intenção é acampar na beira da estrada.

  • Em estradas de chão tranquilas procuramos um local escondido, mas se durante todo o dia poucas pessoas passaram por nós, então mesmo ao lado da estrada sem nos esconder nos sentimos seguros.
  • Estradas asfaltadas tranquilas que não oferecem um local escondido, apenas nos afastamos algumas centenas de metros, de modo que quem passa à noite não compreenda o que vê distante, dificilmente no escuro saberão que se trata de uma barraca. Para isso uma cor de barraca escura ajuda um pouco, bem como ausência de material refletivo no equipamento. Também tomamos o cuidado para montar a barraca num local em que os faróis dos veículos não estejam na nossa direção.
  • Em terreno montanhoso, onde não há muita área plana disponível, prestamos atenção à estradas laterais utilizadas durante a construção da estrada principal, pois foram espaço utilizado para guarda de maquinário e manobra. As vezes são a única oportunidade de acampar em local plano e com ausência da densa vegetação. Mesmo assim procuramos nos informar sobre o relevo do dia seguinte, para ter uma noção se haverá onde parar. Muitas vezes se chega ao topo e é grande a chance de ser uma área ampla e plana (e geralmente mais fria).

Quando encontramos um bom lugar para acampar, já estamos cansados mas não estamos nos sentido muito seguros, esperamos a noite cair, afastados de onde pretendemos montar a barraca, cozinhamos a janta (sem fogueira), nos lavamos, lemos… Essa é uma forma de passar tempo até que a escuridão seja nossa aliada. Caiu a noite, nos dirigimos ao local escolhido e montamos a barraca no escuro, sem lanternas. Para estas situações é ótimo contar com uma barraca de fácil montagem e de cor escura. Se ninguém nos vê, dificilmente alguém nos encontrará.

Fonte:www.pedarilhos.com.br