Pedal Verde Brasil

Pedal Verde Brasil
Original Trip Adventure

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

II Cicloturismo Internacional Volta ao Parque Nacional do Iguaçu

Juan de vermelho se preparando para o pedal

Parte 03 –Andressito a Capitão Leônidas Marques – 10 de fevereiro de 2013


    A cidade de Andressito é muito tranquila, bastante silenciosa a noite, o que fez com que a manhã chegasse muito rapidamente, assim no horário combinado já nos preparamos para pedalar  mais uma etapa. O dia prometia novas paisagens, pois havíamos traçado uma nova rota, com objetivo de andar mais pelas estradas de chão, evitando assim o máximo pistas asfaltadas.


Cantina

    Partimos para o café da manhã, torradas com manteiga e doces enquanto isso a cozinheira preparava nossos sanduiches para levar, nessa hora apareceu o Juan que também estava de partida para Porto Iguaçu e aproveitamos para trocar mais algumas informações enquanto pedíamos varias repetições de torradas. Nessa hora o Negri comentou que por volta de 23h apareceram dois casais de bike e se hospedaram na pousada, porém não conversou com eles pois já era tarde.



Los Robles

Minutos antes do pacote do Jamanta

   Toda bagagem carregada tudo conferido, contas pagas na recepção, fizemos algumas fotos em frente à charmosa entrada da pousada, é chegada a hora de partir, (vale ressaltar que o Negri mandou seus alforjes de carro, diferentemente do toda a galera). La vamos nós agora pela mesma rota onde entramos na cidade, nessa hora o Jamanta resolve fazer uma terapia de asfalto, explico: é só empinar a Bike e falhar o freio, resultado imediato: Cai de costas no chão, alguém se habilita?


Segue rumo ao Iguaçu

   Saímos da cidade rachando de rir com o pacote do Jamanta e entramos nas estradas rurais sempre na trilha deixada pela bike da frente, pois a estrada estava bastante molhada em alguns pontos o que exigia atenção.

Olha a estrada que maravilha
Subidinha, vai encarar?
Timoneiro

Marco, divisa entre Argentina e Brasil

O Béria foi de grande importância, principalmente para o Negri, cade os alforjes?
Chegamos até o Porto onde há uma construção que abriga a Prefeitura Naval, solicitamos permissão aos militares para ir ate a margem do rio.  Neste local desemboca o rio Santo Antonio no rio Iguaçu e além de existir um ponto geodésico demarcado, também há o marco da divisa de país, fica visível do outro lado do rio o marco brasileiro, lugar muito bonito.
Fotos feitas, partimos em direção a ponte que nos levará ao Brasil.




Rumo ao Brasil

Aduana Argentina
Chegando a fronteira o responsável nos solicita o papel da imigração que é dado na entrada do país, o detalhe é que a não ser o Fernando, ninguém estava com o referido papel, desta forma o policial nos mandou de volta a Porto Iguaçu e resolver por lá. 
Fronteira


Depois de muita insistência e explicações que não nos deram o referido documento, finalmente foi autorizada a nossa saída da Argentina por aquela fronteira. Vale informar que quando se entra na Argentina, para outra cidade que não seja a da fronteira, tem que dizer o nome da cidade para onde desejamos ir, assim é fornecido o referido papel que também é requisitado em qualquer blitz que porventura exista.








Asfalto, o pior percurso

Adicionar legenda
Prazeres que só o asfalto proporciona

Churrascaria
 Passada esta fase vamos nós em direção a Capanema, antes fazendo uma parada no agora desativado Porto Lupion, onde o Magrão já ficou para traz com o pneu dianteiro furado(sempre no asfalto), com ajuda do Thiago rapidamente a câmara foi trocada, hora de seguir adiante pelo asfalto até a entrada do balneário Pereti, local este programado  para almoço e descanso até cerca de 16h30


Mais um pouquinho de asfalto, que M@#%

Rumo ao Pereti
Entrada do Balneário
Galera ficou pasma com a beleza do local
 Na recepção, o atendimento deixa a desejar, há certa desconfiança no proprietário em receber pessoas de bike (não por maldade, talvez por falta de capacitação em receber turistas das mais variadas formas), R$ 7,00 por pessoa (pagamento adiantado) descemos até a beira do rio onde haviam várias barracas num camping muito bem cuidado e limpo.
Água muito limpa
 Pedimos ao Béria para se deslocar até o trevo num restaurante conhecido onde almoçamos no ano passado, (lugar da febre)*. Fomos para o banho de rio enquanto aguardávamos a chegada das marmitas. Aproveitamos para admirar o camping que tem um visual extraordinário de várias corredeiras do rio e também na outra margem, a exuberância das árvores do Parque se fazem notar. No ambiente demarcado para banho, a profundidade não passa de 1,5m e o fundo todo de pequenas pedras pode ser visualizado devido a água ser bastante limpa.

Strike das lontras

Olha a foto

Fernando a paraguaia, só falta a maçã na boca




 Quando o carro do Béria apontou na curva, ocorreu uma corrida às marmitas, e que marmitas! Arroz, feijão,macarrão,churrasco,saladas,ovos,cerca de 1kg por pessoa,R$ 10,00 cada .Após o almoço então nem se fala foi um strike, só se viam bikers espalhados pela grama e outros mais enjoados, chegaram ao ponto de levarem redes.










Segue rumo Capitão

Subidinha forte tão quanto as bufas
 O trajeto de agora em diante passava a ser um mistério, pois dependia de alguns fatores e tínhamos três opções:
- Passando pela ponte do rio Capanema e retornando à rodovia alguns quilômetros da ponte do rio Iguaçu antes de Capitão.

Últimos detalhes...

   
- Margeando o rio Iguaçu por uma estrada de terra e atravessando o rio Capanema em algum barco entrando na rodovia pouco antes da mesma ponte do rio Iguaçu
- Ou uma travessia pelo rio Iguaçu saindo direto em Capitão, percorrendo todo o trajeto pela estrada de terra, além de encurtar o caminho.





Ao centro, camarada que nos ajudou

Após algumas informações desencontradas e outros não sabemos, paramos um motoqueiro o qual nos deu a informação que queríamos ouvir. Existe uma passagem, porém é de difícil acesso, pois para se chegar à margem do rio não tem uma estrada nem mesmo um caminho, nos deu também o nome do barqueiro, e la fomos nós até chegarmos a uma pequena vila. Paramos para tomar mais informações agora estávamos pertos, logo adiante o Black que estava à frente retorna e diz que havíamos passado do local e foi um vai e vem até que um morador da redondeza nos abriu uma porteira em um pasto com muitas cabeças de gado e disse é aqui.


Os biguás e o campeonato de rojão
Meio que sem entender descemos até a mata ciliar, andamos de um lado para outro até encontrarmos um lugar com acesso à margem permitindo que  as bikes também descessem, para em seguida começar um festival de gritos tentando uma comunicação com o outro lado;
O baaaarcooo? Do outro lado, algumas crianças respondem: “Está furado, hoje não tem”, e nesse ritmo foram uns 20 minutos até que uma senhora gritou: “Vocês ligaram? “E daqui: Nãaao, e do outro lado: “Vou avisar, ele ta na cidade”. Silêncio...Até chegar alguém no outro lado que suspeitamos ser o barqueiro, o que não se confirmou, pois o mesmo  calmamente estendeu uma toalha em meio a estrada que da no rio e deitou-se, nós não entendo muita coisa gritamos: O barcoooo que horas? Do outro lado: “Depois das oitooooo”, e tornou-se a deitar, e o nosso locutor: Vamos esperar! Do outro lado, levantando-se novamente vem à resposta: “Eu também”.
Tenso, não! Eu gosto quando é assim!

Só alegria com a chegada do barco
Olhamo-nos e rimos muito, pois agora tínhamos a certeza que teríamos como passar. Logo após as oito chega outra pessoa do outro lado e dirige-se para um barco e imediatamente põe o mesmo em movimento, dirigindo-se em direção à pessoa que esta ainda deitada, logo após o embarque ouvimos o motor funcionar e o barco ruma para a nossa margem, porém  cerca de 50 metros acima de onde estávamos, apreensivos aguardamos até que o mesmo chega ao local onde estávamos, agora com um casal embarcado para fazer a travessia na mesma direção nossa.

Amizade é isso ai!

Camaradagem e companheirismo


Muito simpático propõe que carreguemos 4 bikes e mais três pessoas nessa travessia e o restante faria outra passagem e assim o fizemos, quando descarregamos as bikes já estava escurecendo pagamos a taxa de R$ 3,00 por passageiro e também nos deu o número do telefone “para a próxima vez”.  Agora seriam somente seis quilômetros até Capitão, nosso destino do dia. Chegando à cidade, paramos em um bar perto do nosso hotel para brindar ao dia fantástico que tivemos, bebemos algumas cervejas rindo a toa, lembrando-se das diversas passagens do dia, dia este, que certamente vai ficar na lembrança de todos.
Um brinde para quem foi

                                                ::::::.... Não percam a última publicação ....::::
- Cachoeiras, rios, encontro com a galera de Foz no almoço e a frustração em saber que esta turma queria fazer o pedal junto conosco e não o fizeram pois obtiveram  falsas informações  de pessoa(s) que se fizeram passar por membros do Pedal Verde.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

II Cicloturismo Internacional Volta ao Parque Nacional do Iguaçu

Parte 02 – Porto Iguaçu a Andressito – 09 de fevereiro de 2013
Saída do Mango Three

Após uma  noite de sono para repor as energias,no horário combinado,como de costume o Thiago cuida para que os sonolentos não percam a hora, levantamos todos e nos preparamos enquanto o café esta sendo servido.
Dalhe, dalhe rumo a Andressito
Aprendemos que o café da manhã na Argentina, de um modo geral, não é feito para quem vai pedalar, assim sendo após o “desayuno” rumamos para uma panificadora onde reforçamos a dose e preparamos mais um sanduíche extra para levar,  em fila indiana rumamos às Cataratas, são aproximadamente 20km de asfalto até chegar-mos no cruzamento que leva até Andressito, nosso destino de hoje. Adentramos por uma via de terra em meio ao Parque Nacional do Iguaçu.
El pássaro d

Guarda Parque, início da estrada de chão
 Uma garoa ameaça em alguns trechos e o céu novamente encoberto  nos dá um conforto térmico e por outro lado traz uma preocupação: Se chover, em meio ao Parque teremos que parar pois a estrada  fica intransitável quando molhada, assim seguimos ora olhando ora para o céu ora para a exuberância das matas que nos cercam e também para a pista de tão lisa parece polida, proporcionando velocidades altas nas descendentes, também  nos encontros com automóveis a ausência de poeira foi comemorada.

Para tristeza de uns, a estrada mesmo molhada estava ótima!

Hermosa ou não a estrada Negri?

Sanduba time
No quesito encontro com automóveis vale ressaltar que a grande maioria dos condutores Argentinos diminuem drasticamente a velocidade, quando não param para que as bikes passem com mais conforto. Cruzamos com vários automóveis de placas Argentina e Brasileira e pudemos constatar na pele pelas pedras arremessadas, a diferença  comportamental entre motoristas de La e de cá.Ponto para Argentina!
Vamos para o banho
Thiago e Magrão no youtube


Guarda Parque, saída
E o Tempo foi passando e os quilômetros aumentando no hodômetro, até encontrar-mos um riacho o qual nos banhamos no ano passado, repetimos a dose é claro, batemos um sanduíche,descansamos e ripamos em direção ao nosso destino para mais adiante parar-mos na Guarda-Parque onde fizemos fotos e também obtivemos informações sobre a estrada,camping e outros atrativos turísticos da região.


Camping

Mais alguns quilômetros a frente Thiago, Magrão e Negri resolvem fazer um passeio até o camping Canela de propriedade , segundo informações,  de um Guarda Parque, onde fomos recebidos por uma senhora que gentilmente nos indicou o caminho das cabanas, lugar muito bonito com estrutura para camping  lagos e trilhas em meio a floresta.Vale uma ida de barraca.
Lugar muito 10
Galera chegou antes não perdeu tempo
Duas pernas de salame, será que o Brandão gostou?

  Na saída fomos brindados com uma chuva repentina o que deixou a estrada bastante lisa até o encontro com a via principal que da acesso a Caburei, nossa próxima parada para abastecer o camel-back e também o corpo. Lá nos esperavam todos ao redor de uma mesa de tábuas, o lugar é bastante rústico e servem sanduíches de pão queijo e presunto e também um lanche inusitado:Pão com uma lingüiça inteira ao meio, e o Brandão deu conta, uffff!.

Sol na hora certa, avante galera
 Nesse momento chegou o Béria de carro, com o estepe montado na dianteira e um detalhe: somente entrou um parafuso pois a roda não pertencia ao modelo do carro,não deu conta de chegar à borracharia, caiu a roda como era de se esperar. Fomos andando em direção ao rio Iguaçu desviando do rumo de Andressito pois o atendimento para entrada na pousada somente se daria após as 15:30 conforme nos havia antecipado a simpática atendente por telefone.


É isso mesmo Black, boa tarde Argentina
Em direção ao rio Iguaçu
  A estrada agora era um caso a parte; não podíamos sair do trilho pois havia chovido a pouco e o barro vermelho grudava de uma forma implacável nos pneus fazendo com que as bikes ficassem muito pesadas e mais o peso da bagagem qualquer bobeira seria chão na certa. Nesse ritmo chegamos a um lugar chamado Península, point de pesca e camping a beira do rio Iguaçu, com  direito a banho e almoço(sandubas de Caburei). Nesse momento o Black olhou para um ponto ao longe e questionou a posição de algumas  antenas que se viam ao longe, as quais confirmamos no GPS serem da serra do Mico em São Miguel do Iguaçu.
Finalmente chegamos


Primeiro banho no Iguaçu, será que estão faceiros?
Quase saindo quem chega? Béria é claro,e naturalmente com o mesmo pneu consertado pouco antes, já furado novamente, e tome estepe com somente um parafuso. Seguimos em caravana até Andressito sempre olhando o tempo que chovia em todo lugar menos em nossa rota.

Béria guerreiro, parceirão da turma.
 

 
Angela, proprietária do Hostel
Rumo ao mercado comprar a bóia
Chegamos à simpática cidade por volta das 15:00 hs e rumamos para ao pousada Los Robles onde pontualmente as 15:30 fomos atendidos, para depois sortearmos as cabanas, nos instalamos e após um merecido banho, jogamos as roupas na máquina de lavar e rumamos para o supermercado onde fizemos compras para o dia seguinte e também para o churrasco da noite no acolhedor espaço destinado a festas deixado à nossa disposição.

Pilotando a churrasqueira

Conhecemos também um senhor que chegou à cidade de bike vindo de porto Iguaçu e se apresentou como Juan, de Buenos Aires e ficou muito interessado em saber da nossa trip, ficou entusiasmado com todo o planejamento e nos perguntou sobre o restante da rota se seria bonita como o que ele havia visto neste dia, também nos disse que retornaria a Porto Iguaçu por Wanda, cerca de 127 km pelo asfalto.
Após este interessante papo com Juan, seguimos com as compras em mãos, para preparar um churrasco para a galera. Um momento de muita descontração, saboreando uma alcatra feita na grelha com saladas e pães e bebendo aquela gelada.
Uauuuuuuu que romantíco... veja bem
Com a barriga cheia, a maior  parte da turma rumou para seus aposentos relaxar, mas quatro integrantes não contentes (Béria, Negri, Lincohn e Thiago) decidiram tomar a saideira em um bar próximo ao hotel onde estava rolando um show de rock. “Tomamos mais duas cervejas e estavam preparando pão com linguiça, o que eles chama de choripán. Fiquei pasmo quando os três pediram um  de cada, pois estávamos “entupidos” de tanto comer. Então me neguei comer e fui ao hotel dormir” comentou Thiago. O grupo comeu mais um pouco e logo rumou também ao merecido descanso.
De vermelho, Juan, ciclista de Buenos Aires
Ainda Durante a janta, combinamos com os responsáveis do hotel em preparar nosso café cedo no dia seguinte,  que prometia muito mais aventura...

 :::...Não perca os próximos post desta trip! ...::::
Terceiro dia, Andressito a Capitão Leônidas Marques:
- Banho no Iguaçu, barco, marco, grupo de ciclistas de Foz e o surgimento do novo verbo!



Texto: Renato Begnini – Magrão
Colaboração: Thiago Reginato
Obs: As fotografias foram tiradas pelos integrantes do passeio e reunidas nestas postagens.