Pedal Verde Brasil

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Original Trip Adventure

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Curitiba a Morretes – Histórica Serra da Graciosa


Após 67 dias e 17h sem pedalar, retorno ao bom e velho pedal. E para voltar em alto estilo nada mais justo do que pegar um percurso bacana. O trecho escolhido foi à histórica Serra da Graciosa.



 O percurso começou na manhã do último domingo, 26, saindo do bairro Cidade Industrial de Curitiba as 07h. Em minha companhia, foi meu colega de trabalho Dionei e antes de botar o pedal na estrada passamos em uma panificadora bater aquele cafézão.    
 
Pegamos então a rodovia Regis Bitencourt, hoje chamada Linha Verde, pois foram reformadas e feitas mais pistas e calha exclusiva para ônibus. Nesta calha, como era domingo o trafego era mínimo de transporte público, tendo um pouco mais de segurança para a locomoção.      
 


Seguimos em torno de 35 km pela Linha Verde, atravessando Curitiba sentido norte até chegar ao município vizinho de Quatro Barras, uma das portas de entrada a Serra da Graciosa. Logo no início deste trecho, chamou atenção um monumento a Dom Pedro II, uma pedra lapidada onde dizia que neste local ele havia parado para descansar a sombra de um pinheiro...
Na minha concepção, dali pra frente seria só decida até chegar ao nível do mar. Ledo engano. Foram mais uns 20 km de subidas e descidas, uma mescla, em asfalto e pela ciclovia. Um local majestoso que ao horizonte era possível visualizar a cordilheira de montanhas coberta seu topo por uma camada densa de nuvens.

















Então, o percurso mais mágico, começou onde encontramos uma placa “Trecho Original da Serra da Graciosa”. Um desvio do asfalto em estrada de chão, por uma floresta densa, totalizando em torno de 10 km de extensão. Durante este percurso de muita subida, a mata começou a cada metro ficar mais húmida, passávamos por algumas casas de madeira que parecia cena de filme no meio do nada, só se via a chaminé saindo fumaça sobre o telhado.    
 

 
A trilha seguiu e cada vez ficando mais húmido ate chegar uma hora que estávamos literalmente em meio às nuvens que horas antes enxergávamos de longe. Neste local era o cume da montanha, em torno de 935 metros.  Confesso que neste momento estava em êxtase, pois nunca havia passado por esta situação.
No alto do morro a 935m, neblina e frio



Saindo então da trilha, chegamos a tão esperada decida da serra. Em estrada de calçamento poliédrico, o frio era intenso em meio à neblina no serpentear da ladeira.  E desce, desce, desce, chega enjoar de tanto descer. O bacana e que a cada curva possui um quiosque vende vários quitutes, entre eles a famosa cachaça de banana, e como o frio estava foda, por que não uma dose? E claro que eu estou afim!
 
O legal também que durante a descida, existe diversos pontos onde possui áreas de recreação, com churrasqueiras e meses, onde reunia diversas pessoas...
Chegamos então ate o pé do morro, já era umas duas da tarde e a fome intensa. Paramos no restaurante Siri Cascudo, para comer um barreado. Muito bom. Não contente, pedimos, mais casaquinha de siri, peixe frito e uma camarãozinho frito uaiiii...



 
Com a barriga cheia, ate Morretes foram mais 10 km pedalados. Chegando lá, ficamos por um tempo e embarcamos de trem para subir a serra ate Curitiba. As bikes foram no vagao de cargas, em um local especifico para elas. Um tesão de passeio com a locomotiva, passando por tuneis, abismos e muita mata. Inesquecível.



Próxima estação, esperança

 
Já era umas 19h15 quando chegamos a Curitiba. Exaustos tinha ainda 10 km ate chegar em casa. Ao todo, foram 115 km e pouco mais de 6h pedalados. Após fazer vários passeios coma galera do Pedal Verde, por lugares inesquecíveis como a Volta ao Parque, Pedal do Corvo, Santa Helena, entre outros, confesso a vocês que foi sem duvida um dos melhores passeios feito por mim ate hoje, devido ao conjunto de lugares que passei. Fica a dica e o convite, lembrando que possui pousadas, camping e tudo mais... abraços
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